quarta-feira, 31 de março de 2010

Filosofar pascal.


"Ele foi ferido por nossas transgressões, esmagado por nossas iniquidades;Por suas feridas, fomos curados!"- Isaías 53.

É com esta frase que se inicia o filme A Paixão de Cristo do diretor americano Mel Gibson. Nesta semana santa eu comecei a refletir sobre o verdadeiro significado da páscoa. Tudo se resume ao amor. Amor foi o que levou Deus a ns criar, amor foi o que O levou a nos salvar. São João nos diz que Deus é amor, e nos diz em João 3,16 que: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida Eterna." E foi isso que aconteceu. Com a morte de Cristo na cruz, o pecado e amorte foram vencidos e Cristo foi Vitorioso com seu amor.

Todo amor exige sacrifícios e o sofrimento de Cristo por nós foi Seu sacrifício. Isaias nos diz que Ele estava tão desfigurado que seu rosto nem parecia humano, isso 700 anos antes do seu nascimento. Quem viu o filme viu a barbaridade e a sanguinolência, e isso realmente me tocou. Realmente só por muito amor alguém poderia sofrer e passar por tudo aquilo, e só mesmo sendo Deus pra suportar tudo em silêncio como ele suportou.

A morte de Jesus nos é uma lição. No Lava-pés ele nos disse que ninguém é maior que o seu Senhor, e se ele, que é nosso Senhor, passou pela cruz, nós também deveremos passar. Pois é morrendo com Cristo que ressiscitaremos para a vida Eterna. O próprio Cristo nos disse que quem quisésse segui-lo, tomasse sua cruz e o seguisse.

Muitos dizem que a Páscoa é vida nova, mas a páscoa também é a morte. Para renascermos preisamos morrer da outra vida.
Fica aí o meu leigo filosofar sobre a Páscoa

A Vida de David Gale


Ontem assisti ao filme a Vida de David Gale, estrelado por Kevin Spacey e Kate Winslet, dirigido por Allan Park e o filme me trouxe uma pergunta, que está martelando na minha cabeça: Qual o valor da vida? E logo em seguida: Até onde vale a pena ir por um ideal? Olha, não quero estragar, você deve ver o filme, por isso não revelarei nada muito significativo.

O filme trata sobre a vida de David Gale um professor de filosofia, advogado e ativista da DeathWatch, uma ONG contra a pena de morte. Este assunto da pena de morte me levou a questão do valor da vida. Quem somos nós para termos o direito de tirar uma vida. Mesmo que o ódio e a or nos consuma pela perda de um ente querido assassinato, o que adianta ver a morte de seu assassino, se esta não trará de volta a pessoa querida? E além do mais (esta é uma visão particular) a vida é um dom de Deus, ele que nos deu e cabe a ele nos tirar. Ele é nosso Senhor, pertencemos a ele. Aquele a quem é assassinado é um ser humano, igual a nós. Nós também temos falha e defeitos, podemos errar, mas sempre temos chance para reconstruir e mudar.Matando as pessoas com a pena de morte, nos tornamos tão criminosos quanto eles.

E a outra questão: Até onde vale a pena ir por um idela? Você verá no filme que Gale nada tinha a perder por isso se deu de corpo e alma. Mas e nós. Até onde nos vale ir por um sonho ou um ideal. Interessante que numa aula no início do filme, Gale nos diz que segundo Lacan, os sonhos são sonhos justamente por serem impossíveis e ser realizados, ou se forem realizados, nós não os queremos mais. Não concordo com essa idéia de Lacan, e acho que vale a pena sim, lutar por nossos ideais...Concordo com ele no ponto de que a "luta" para alcançar estes ideais nos traz felicidade, e não fecho como após batalhar, não ficmos felizes com o que conseguimos.Eu pelo menos, quando conquisto algo que lutei ou batalhei, muito me alegro e quero aquilo muito, durante longo tempo...

Assista o filme e reflita.
Qual o valor da vida?
Qual o preço de um sonho?

sábado, 27 de março de 2010

Deus: Criação do homem ou Homem criação de Deus.


Pois é...Este é um assunto que nos leva a filosofar. Afinal, Deus existe ou Ele é simplesmente uma invenção humana para suprir as necessidades de afeto do homem?Em priemeiro lugar, temos que analisar a fé: O que é fé?

Segundo o site wikipédia, ter fé é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que isto seja verdade, fé é absoluta confiança. Portanto, acreditar em Deus é ter fé, ou seja, é ter convicção de que Ele existe sem a necessidade de ter provas, afinal, a fé é um salto no escuro. Se nós pudermos provar a existência de Deus, que adiantaria ter fé, acreditar nele? É essa a palavra chave: "Acreditar!" Eu não preciso acreditar na existência de uma caneta ou em um papel, por que sei que ele existe. Agora depende de mim, acreditar ou não na existência de Deus, pois não posso ter certeza de sua existência. Não tenho provas factuais.

Mas você pode pensar e até se perguntar: Tudo bem. Mas... e a ciência? Ela nao dá respostas para tudo, ou quase tudo? Realmente, a ciência é um veículo maravilhoso que nos leva a conhecimentos que muitas vezes viviam só em nosso imaginário. Entretanto, como diz meu amigo e Pastor, Rev. Julio Zamparetti, não podemos mistificar a ciência nem cientificar a mística. Tudo tem seu lugar, tudo tem seu espaço. A Mística nunca vai chegar a obter as respostas procuradas pela ciência, nem a ciência vai chegar as respostas buscadas pela mística.Ciência trata da razão, a mística da espiritualidade.

Ou seja, não podemos, nem cabe a nós provar a existência de Deus, e nem devemos tentar. Crer ou não crer, eis a questão? Cabe a cada um deicidir se acredita ou não...Nossa missão é apresentar as pessoas este Deus que nós cremos, um Pai amoroso e piedoso, que cuida dos seus filhos, que lhes é pródigo, que ama a todos sem igual.

Particularmente, creio em Deus e creio que Ele é uma idéia muito complexa para ter sido formulado pela mente humana, assim como Jesus Cristo. Mas, todos temos direito a opiniões. Para alguns, há provas da não existência d'Ele (um exemplo: só ler DEUS UM DELÍRIO de Dawkings), para outros há provas de Sua existência ( na coleção Análise da Inteligência de Cristo, o Dr. Augusto Cury nos diz que a Psiqué de Cristo é complexíssima e impossível de ter sido criada por idéias humanas). Crer ou não crer, eis a questão?
Ninguém pode lhe provar nada, acreditar ou não é sua decisão!

sexta-feira, 19 de março de 2010

A Idade das Trevas e a "Santa?" Inquisição


Caros Amigos,
Aqui em Tubarão no mês de Abril chegará a Mostra Internacional de Instrumentos Medievais de Tortura no Centro Municipal de Cultura e Museu Willy Zumblick. Eu ajudarei na organização e por isso estou muito empolgado. É um grande acontecimento, uma mostra destas chegar em minha cidade. Também me ofereci a dar uma palestra ou falar sobre o assunto a algumas pesoas, por isso estou estudando e me aprofundando mais no assunto. Meio saidinho eu, não? Me oferecer...Deixe-me explicar, é que a Idade Medieval me fascina, assim como toda a História, e neste pequen artigo quero analisar com vocês um pouco sobre este período negro da História.

Peguei o Manual dos Inquisidores escrito por Nicolau Eymerich, em 1376 e ao acabar de lê-lo senti uma perplexidiade e um espanto enorme, e uma pergunta ficou martelando na minha mente:Como é possível o ser humano ser tão desumano com outro igual a sí, seu semelhante? Como pode o "cristianismo" daquela época fazer aquilo, sendo que se diziam seguidores de Cristo, o Jesus que morreu por todos nós, por amor e que acolheu prostitutas, adulteros, e toda a escória de braços abertos e repleto de amor. Jesus certamente se estivesse ainda presente materialmente não acolheria as "bruxas", que muitas vezes não eram bruxas coisíssima nenhuma?

Afinal, quem somos nós para julgarmos alguém herege? Alguém por estar fora dos padrões normais deve ser considerado uma aberração?Claro que não. Apesar de todas as diferenças e de todo o resto, somos seres humanos. O que nos leva a fazer a gana pelo poder não é mesmo? Era poder que a Igreja Católica Romana tinha e temia perder e que a levou a matar milares de "endemoniados". Claro que todos tem direito de errar, afinal, errar também é humano, mas eu fico pensando...Matar umna mulher que fazia remédios caseiros a acusando de coito com o demônio. Jesus com certeza não aceitaria isso. Fico me imaginando se o próprio Cristo, se viesse a terra por aquelas épocas não seria também torturado ou jogdo na fogueira....E muitas vezes a fogueira era a melhor opção considerando-se os outros tipos de tortura, como a dama de ferro, a cadeira de pontas, o esmagador de seios e outras atrocidades.

Senti-me mal e triste ao ler este livro e ver o quanto o ser humano pode ser desumano e comportar-se feito um irracional. A sorte nossa é que este tempo já passou e que hoje há liberdade. Naquela época não crer que o batismo era pra salvação era considerado heresia. Pobre de nós protestantes. Fogueiraaaaa...Fogueiraaa...Joga pra fogueira....(iria cantar a Ivete Sangalo kkk)Isso é pra refletirmos...até onde vai o ser humano pelo poder? O quanto o ser humano pode ser irracional?Não sei se sou louco, mas acho que o que faz o mundo girar é o amor...e se depender de mim, ele continuará girando pra sempre;-P

quarta-feira, 17 de março de 2010

O Caixão não tem gavetas!



Minha saudosa avó já utilizava esta expressão quando ia falar sobre a ganância humana, e minha mãe também gosta de usá-la: "Afinal- dizia ela- para que se matar de trabalhar? O caixao não tem gavetas!"Analisando criticamente esta expressão, podemos chegar a conclusão de que minha avó estava certa. O mundo e as pessoas de hoje estão muito materialistas. O consumismo é um vírus que se espalha e se impreguina nas pessoas com uma rapidez aceleradíssima. Hoje o homem está mais procupado com o "ter" do que com o "ser". Pais de família se matam de tanto trabalhar, envolvendo-se quase estritamente para o serviço e muitas vezes acabam negligenciando a própria familia. Falando com um destes Workahollics, ao questioná-lo sobre a família ele disse: "Mas é por eles que faço isso. Para que tenham um futuro. Para que tenham do bom e do melhor!"

aí é que está o erro. É neste momento em que nos enganamos a forma mais terrivelmente possível.O melor legado que podemos deixar para nossa família é o amor, a educação (que necessariamente não precisa ser paga), é nosso exemplo de vida. As famílias não são ou serão felizes por ter luxo, por ter tudo do bom e do melhor, e sim por ter um ao outro, por terem amor entre sí, por saber que amam e são amados.

Pra que ficar acumulano dinheiro. O caixão não tem gavetas e você não poderá levar o que adquiriu. Poderá deixar a seus filhos, seus parentes. Mas de que adiantaria, se você, que o adquiriu não está ali para aproveitar esses bens com eles. Por isso, o mais sensato a fazer é render-se ao amor e a alegria de estar com queles a quem ama, educá-los, ensiná-los a serem pessoas do bem e a viverem felizes. Você ja abraçou ou brincou com seu filho hoje?Que tal tirar uma folguinha e levar seu filho ou quem você ama para um lugar junto a natureza, fique descalço, sinta a grama ou a terra junto a seus pés, sinta a natureza, o ar, a agua corrente, se possívvel...Nós perdemos muito disso hoje, o contato com a natureza. Ela é obra de Deus e pode nos aconchegar mais perto a Ele, que é amor. E não se preocupe com o amanhã ou com o ter, afinal, amanha você pode não estar mais aqui e o caixão não tem gavetas.Hehehehe
Reflita, filosofe e tire suas conclusões. Essa é minha opinião. O que você acha?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Quando nos deixamos roubar!


Sequestro de subjetividade é muito comum hoje em dia. O sequestro de subjetividade é mais comum do que se possa imaginar. Primeiro, vamos esclarecer o que é isso. Sequestro de subjetividade é o sequestro do Eu. Nós somos sequestrados quando nos entregamos a outra pessoa e deixamos que ela roube ou mude nossa personalidade ou quando nós forçamos alguém a mudar. Agora mais esclarecidos, vamos ao que me levou a escrever este texto. Eu era seminarista Católico Romano e no seminário muito de mim foi mudado. Não os culpo, estava disposto a ser padre e sabia que pra isso deveriam haver mudanças. Parei de escrever contos e histórias de terror e suspense, que eram minha paixão, mudei meu gosto musical, afinal, deixei-me envolver por tudo que deveria fazer para me tornar padre.
Hoje, após ter saído do seminário, ví o quanto isso me fez mal, coisa que na época nao me toquei.

Por exemplo, a minha capacidade de escrever ficção enferrujou e hoje levo um dia para esboçar e escrever uma história, coisa que antigamente me tomava apenas uma hora. Sem falar que quando você não é você mesmo, nunca pode haver felicidade. Seja Você! Isso pode soar um pouco clichê, mas é a mais pura verdade. Nada melhor do que ser a pessoa que realmente é. Se eu nao tivesse deixado-me levar, talvez hoje seria alguém totalmente diferente, mas maduro e mais desenvolvido.

Outro roubo de subjetiviade que nos acomete é a moda e a mídia. Os protótipos de beleza da moda roubam nosso eu, nosso jeito de ser. Como para os moldes da moda, as mulheres magras são as boas, milhares de meninas sofrem e não comem para terem um corpo de modelo e muitas vezes entram para o caminho da doença, da anorexia, da bulimia. O Mercado de trabalho é exigente e o consumismo impera no mundo, o que nos leva a querer ter sempre mais, mais e mais e nos leva muitas vezes a negligenciar o bom da vida, a quem amamos para podermos dar do bom e do melhor e ter o que nos agrada. Novamente aí somos roubados. É hora de parar! Chega! Seja você mesmo! Não deixe-se roubar, não deixe-se sequestrar. Liberte-se de suas correntes enquanto é tempo, antes que seja tarde demais e você se acostume com o cativeiro...

Filosofe sobre isto.Reflita como está sua vida? Analise, se você se deixa sequestrar pela moda, pelos outros ou por o que quer que seje que te leve a não ser você, se sim. Procure a saída, ela existe.