Um livro que é emocionante, e nos passa uma mensagem maravilhosa, assim como também é o filme, se chama "O Menino do pijama Listrado" , de John Boyne.
Bruno é um menino de 9 anos, filho de um general nazista. Um dia ao chegar em casa descobre que irá se mudar com a falília devido a um trabalho importante que seu pai deverá fazer. Como uma criança inocente, ele não se dá conta da monstruosidade do período em que vive e do cargo que o pai exerce. Reluta de início a mudar-se, mas acaba indo. Ao chegar na nova casa acha graça os "fazendeiros" vizinhos que usam "pijamas". Na verdade, ele não sabe tratar-se de judeus de um campo de concentração (que seu pai comanda) usando uniformes. Na rotina chata em que vive, Bruno acaba fugindo e indo até o campo, onde dá de cara com uma cerca, e um menino do outro lado, Shmuel. Alí, ambos começam uma amizade que se transforma em verdadeiro amor fraterno. Não vou lhe contar mais, senão perde a graça. Recomendo a leitura e o filme. Mas isso me fez refletir...
Uma cerca de arame farpado separava as duas crianças. Uma rica, filha de general, e uma pobre, filha de um relojoeiro ainda por cima, judia na alemanha nazista. Cercas como esta existem em todas as partes do mundo e por vários motivos. Essas cercas são muitas vezes erguidas e feitas pelo orgulho humano, pelo preconceitos, pela intolerância. Essas cercas são erguidas quando as religiões não se respeitam. São erguidas quando não há igualdade. São erguidas quando não há amor. Uma pessoa rica com arrogância no coração, trata seus criados como escravos, erguendo assim uma cerca entre eles. Um líder religioso que crê ser o dono da verdade e anseia pelo domínio e não o bem das massas põe uma cerca entre ele e outros líderes, entre ele e o próprio Deus, pois Deus é amor e não cercas farpadas.
O que fazer quanto a isso. Certamente você deve pensar. De que adianta eu sozinho se o mundo está este caos. É da semente que nasce o carvalho. É de pequenos gestos que vêm os grandes eventos. Cabe a nós amar. Amar inocentemente, sem segundas intenções. Simplesmente amar por amar. Cabe a nós arrebentar estas cercas, derrubar os muros, ou até mesmo cavar por debaixo e passá-las para que possamos nos unir, assim como se uniram Bruno e Shmael, por um bem maior, para que o homem transforme o mundo em um lugar mehor. O nazismo foi um exemplo de cerca farpada erguida e das feridas que ela causa. Se nós não aprendermos com a História, estamos fadados a repetí-la.
Pense nisso hoje e sempre! E leia e/ou assista "O menino do Pijama Listrado!" de John Boyne
